segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Eduardo Galeano
domingo, 27 de novembro de 2011
Memória
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Novo gosto, coisas diferentes
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Rompante de cólera
Disseram-me que, às vezes, eu tenho "rompantes de cólera".
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Mulher
domingo, 23 de outubro de 2011
Paulo Lemisnki
Nunca cometo o mesmo erro
duas vezes
já cometo duas três
quatro cinco seis
até esse erro aprender
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Encontro com a felicidade
- Acabo de encontrar a felicidade. Você viu?
- Não.
- És muito lento. Ela já foi. Precisas ser mais atento.
- Nunca consigo vê-la!
- Logo ela passará novamente, não desista.
-
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Rosa Luxemburg
Ontem fiquei muito tempo acordada – agora não consigo dormir antes da uma, mas preciso ir para cama às 10 porque a luz é apagada –, e então no escuro sonho com diversas coisas. Ontem então pensava: como é estranho eu viver permanentemente numa alegre embriaguês, sem nenhuma razão particular. Assim, por exemplo, estou aqui deitada nesta cela escura, num colchão duro como pedra, enquanto à minha volta, no edifício, reina a habitual paz de cemitério; parece que está no túmulo. Através da janela desenha-se no teto o reflexo do bico de gás ardendo a noite inteira em frente da prisão. De tempo em tempos ouve-se o ruído surdo de um trem que passa ao longe, ou então, bem perto, debaixo das minhas janelas, o pigarro da sentinela que, com suas botas pesadas, dá alguns passos lentos para desentorpecer as pernas. A areia estala tão desesperadamente sob esses passos que todo vazio e a falta de perspectivas da existência ressoam na noite úmida e sombria. E aqui estou deitada, quieta, sozinha, enrolada nos véus negros das trevas, do tédio, da falta de liberdade, do inverno – e, apesar disso, meu coração bate com uma alegria interior desconhecida, incompreensível, como se debaixo de um sol radiante estivesse atravessando um prado em flor. No escuro, sorrio à vida, como seu eu conhecesse algum segredo mágico que pune todo mal e as tristes mentiras, transformando-as em luz intensa e felicidade. E, ao mesmo tempo, procuro uma razão para essa alegria, não encontro nada, e tenho que sorrir novamente – de mim mesma. Creio que o segredo não é outro senão a própria vida; a profunda escuridão noturna é bela e suave como veludo, basta saber olhar. No estalar da areia úmida sob os passos lentos e pesados da sentinela canta também uma bela, uma pequena canção da vida – basta apenas saber ouvir. Nesses momentos penso em você. Gostaria tanto de passar-lhe essa chave mágica para que você percebesse sempre, em todas as situações, o que há de belo e alegre na vida, para que também você viva na embriaguês, como que caminhando por um prado cheio de cores. Longe de mim a idéia de contentá-la com ascetismo, com alegrias imaginárias. Concedo-lhe todas as verdadeiras alegrias dos sentidos. Só gostaria de dar-lhe também a minha inesgotável serenidade interior, para não me preocupar mais com você, para que andasse na vida com um manto de estrelas protegendo-a de tudo que é mesquinho, banal e angustiante.
Abraços, Sonitchka,
Sua R
Sonitchka, querida, fique calma e alegre apesar de tudo. Assim é a vida. É preciso tomá-la corajosamente, sem medo, sorrindo – apesar de tudo. Feliz Natal!
sábado, 1 de outubro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Dá preguiça de guardar
sábado, 10 de setembro de 2011
Febre
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Síndrome da balinha de menta
terça-feira, 30 de agosto de 2011
A maior parte é minha
Eu não poderia dizer o quanto tem de você em mim, não que eu não saiba, mas porque eu odeio ficar com a menor parte.
Não pense que estas linhas são para você. Não são. São suas...
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Gregório de Mattos
É impressionante como ele consegue chegar aos nossos tempos.
Poema satírico do poeta Barroco Gregório de Mattos
Diz mais com o mesmo desenfado:
Sal, cal e alho
Caiam no teu maldito caralho. Amém.
O fogo de Sodoma e de Gomorra
Em cinza te reduzam essa porra. Amém.
Tudo em fogo arda,
Tu, e teus filhos, e o Capitão da Guarda
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Da ignorância ou O Teixeira
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Cinema
domingo, 14 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Mas há a vida - Clarice Lispector
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata.
sábado, 6 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Para hoje e sempre
" De todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida. "
( Bertold Brecht )
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Linda
sábado, 16 de julho de 2011
35 anos
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Quase 35 anos e uma tremenda identificação com Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
terça-feira, 12 de julho de 2011
Discurso de Deus a Eva - Millôr Fernandes
"P.S. - Este discurso do Todo-Poderoso está sendo divulgado pela primeira vez em todos os tempos, aqui neste livro. Nunca foi publicado antes, nem mesmo pelo seu órgão oficial, A BÍBLIA."
"Minha cara,
eu te criei porque o mundo estava meio vazio, e o homem, solitário. O Paraíso era perfeito e, portanto, sem futuro. As árvores, ninguém para criticá-las; os jardins, ninguém para modificá-los; as cobras, ninguém para ouvi-las. Foi por isso que eu te fiz. Ele nem percebeu e custará os séculos para percebê-lo. É lento, o homenzinho. Mas, hás de compreender, foi a primeira criatura humana que fiz em toda a minha vida. Tive que usar argila, material precário, embora maleável. Já em ti usei a cartilagem de Adão, matéria mais difícil de trabalhar, mais teimosa, porém mais nobre. Caprichei em tuas cordas vocais, poderás falar mais, e mais suavemente. Teu corpo é mais bem acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel, e nele coloquei alguns detalhes que, penso, vão fazer muito sucesso pelos tempos a fora. Olha Adão enquanto dorme; é teu. Ele pensara que és dele. Tu o dominarás sempre. Como escrava, como mãe, como mulher, concubina, vizinha, mulher do vizinho. Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus public-relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! Mas eles próprios não resistirão e chorarão como santos depois de pecarem contigo; como hereges, depois de, nos teus braços, negarem as próprias crenças; como traidores, depois de modificarem a Lei para servir-te. E tu, só de meneios, viverás.
Nasces sábia, na certeza de todos os teus recursos, enquanto o Homem, rude e primário, terá que se esforçar a vida inteira para adquirir um pouco de bens que depositará humildemente no teu leito. Vai! Quando perguntei a ele se queria uma Mulher, e lhe expliquei que era um prazer acima de todos os outros, ele perguntou se era um banho de rio ainda melhor. Eu ri. O homem e um simplório. Ou um cínico. Ainda não o entendi bem, eu que o fiz, imagina agora os seus semelhantes.
Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um beijo e vai. Hmmmm, eu não pensava que fosse tão bom. Hmmmm, ótimol Vai, vai! Não é a mim que você deve tentar, menina! Vai, ele acorda. Vem vindo para cá. Olha a cara de espanto que faz. Sorri! Ah, eu vou me divertir muito nestes próximos séculos!"
Texto extraído do livro "Esta é a verdadeira história do Paraíso", Livraria Francisco Alves Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. s/nº.
domingo, 10 de julho de 2011
Machado de Assis outra vez
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Dois poemas de José Paulo Paes (falarei sobre ele com tempo)
meu deus
minha pátria
minha família
minha casa
meu clube
meu carro
minha mulher
minha escova de dentes
minha vida
meu câncer
meus vermes
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Machado de Assis e a traça
terça-feira, 5 de julho de 2011
Da fuga
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Quatro dicas sobre a felicidade
1. Nunca procure a felicidade, ela é terrível; quem a procura nunca
encontra. A felicidade é fruto do acaso.
2. Quando tiveres certeza de estar frente a frente com ela, aja com
naturalidade; ela fica assustada quando é percebida.
3. Caso você alcance o item 2, jamais conte para as pessoas à sua
volta; a verdade não combina com nossa sociedade atual.
4. Quando ela quiser ir, permita; a sua antítese é necessária para o gozo do retorno.
domingo, 26 de junho de 2011
Para quem gosta da vida e de Fernado Pessoa
Não importa se a estação do ano muda...
Se o século vira, se o milênio é outro.
Se a idade aumenta...
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela."
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Dia Cinza
Eu adoro quando o dia está cinza.
Quando o dia está cinza parece que o mundo vai chorar. Quando chove em dia cinza o mundo está chorando.
Tenho certeza, sou apaixonada pelo choro do mundo.
Choremos.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Guimarães Rosa
“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem”
Guimarães Rosa
terça-feira, 14 de junho de 2011
Acréscimo
Acrescentei uma citação ao texto "amar", além disso o revisei. Eu sempre cometo atrocidades na primeira escrita, agora tá revisado e acrescido.
domingo, 12 de junho de 2011
Amar
Neste dia consagrado pelo comércio brasileiro como dia dos namorados, atrevo-me a dizer algo sobre o mais nobre dos sentimentos, o amor.
Quando olho à minha volta tenho uma certa tristeza pela dificuldade que a humanidade tem em amar, mas logo em seguida tento mudar isso. O amor é algo espetacular, algo que depende de uma extrema evolução. Não é possível amar pouco, baixinho, às vezes. Para amar temos que estar em um estágio mais avançado. Para amar é preciso ir além do horizonte, em outro mundo. O amor é a maior forma de respeito que podemos ter e, portanto, o sentimento mais difícil de todos, vulgarizado ao longo dos séculos por diversas "instituições".
Tenho certeza que apesar de todas as dificuldade em amar, neste mundo, precisamos continuar amando, precisamos amar a humanidade e, por isso, construir outro mundo, um mundo onde seja permitido amar. Precisamos ser felizes... precisamos da Revolução.
Lutemos pela felicidade, lutemos pelo amor, lutemos pela Revolução.
"...quero que continues ser um ser humano, pois isso é o essencial. E isso quer dizer: ser sólida, lúcida e alegre, apesar de tudo, pois gemer é coisa dos fracos." (Rosa Luxemburgo)
Amemos com força e alegria.
"O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."
(Mário Quintana)
terça-feira, 17 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Do amor
Pintaram um homenzinho em meu coração
Aguardo a presença de outros...
Que continuem a pintura...
Odeio a idéia de solidão.
domingo, 15 de maio de 2011
Eu odeio quem faz amor (Que me desculpem os românticos)
Outro dia estava ouvindo duas moças conversarem e fiquei pensando o quanto este romantismo exacerbado e atrasado complica as pessoas. As duas meninas falavam da vida como num conto de fadas, havia uma nuvem de amor perfeito e de depressivo logo em seguida, sobre elas. Estavam pelo menos uns 100 anos atrasadas. Foi um bom exemplo daquilo que eu abomino. Odeio as convenções, as mentiras repetidas, as pessoas que fazem amor... Fazer amor é como viver em outro mundo. Precisamos é fazer sexo, no sentido mais puro da palavra, isso nos deixa mais humanos. Parafraseando a Rita Lee (e infelizmente, o Arnaldo Jabor) acredito, sinceramente, que amor é um, sexo é dois. Quem faz amor vive sozinho, coisa mais atrasada. Mas essa é uma divergência pontual, para os que fazem amor, podemos continuar amigos.
sábado, 7 de maio de 2011
Marina Colasanti
Como eu disse, há coisas dela que eu gosto bastante. Então vou mostrar mais um texto que eu gosto.
Conto em letras garrafais
Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentro sua mensagem, e a entregava ao mar.
Nunca recebeu resposta.
Mas tornou-se alcoólatra.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Atualizando o Blog
Tem algumas coisas dela que eu gosto. Gostei desse texto. Meio lugar comum, mas gostei. Na verdade, eu queria escrever sobre o Nelson Rodrigues, mas ele é reacionário aos extremos, então, tenho que estar com paciência.
Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.
As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.
Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma.
sábado, 16 de abril de 2011
Um poema que gostei
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos...
terça-feira, 12 de abril de 2011
Enquanto isso
terça-feira, 5 de abril de 2011
Das saudades e das vontades
domingo, 27 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Imagens
segunda-feira, 7 de março de 2011
Dia Internacional da Mulher
quarta-feira, 2 de março de 2011
Falsa Democracia - Saramago
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Para meus poucos leitores
Eu não sei muito o que escrever aqui. Não posso escrever o que penso sobre o mundo, pois é um tanto agressivo. Não posso escrever o que penso das pessoas, não teria graça sem os nomes verdadeiros. Não posso escrever sobre o amor, também seria um pouco agressivo. Então, por ora, resolvi apenas mostrar um pouco daquilo que eu gosto. Quando eu tiver idéias melhores sobre o que colocar no blog... colocarei.
Aos vagabundos de plantão, algo romântico:
Poeminha Sentimental
Mário Quintana
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Leituras
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
...
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Memórias –Lima
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
[...]
Una hebra remoza
La flor
Una gota adherida al pétalo
Vuelca la flor en
Eso
Tórrido
(Luis León - poeta peruano)
Voltando...
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Machu Picchu...
Machu Picchu realmente é uma das maravilhas do mundo.
Qualquer coisa que se diga será insuficiente. Os Incas tinham bom gosto.
Sábado (22/01/11) estive lá.
A beleza do lugar é indescritível.
Tem gente do mundo inteiro. Parece que se está subindo na torre de Babel, de tantos idiomas.
Nenhuma foto faz jus ao lugar.
Se Machu Picchu é a quarta maravilha do mundo, definitivamente quero conhecer todas, pois vale o esforço.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
O Pecado
Hoje cometi um grande pecado, caso eu fosse cristã, com todo o respeito.
Havia acabado de chegar em Cuzco, uma linda cidade. Para quem conhece Ouro Preto, imagine, Ouro Preto maior e ainda mais bonita e olha que a cidade mineira não é qualquer coisa.
Bom, andava eu pelas ruas de Cuszco quando vi uma igreja enorme, em pedra. Entrei, mas quando entrei, o pecado, havia uma missa, eu como todos sabem, uma atéia convicta, adoro teatro e acho que as missas tem algo de teatral, sem nenhuma maldade. É tudo muito encenado, muito disciplinado, cada qual no seu papel.
Entrei. Um cenário lindo, ouro, a arquitetura maravilhosa. Fazia anos que não entrava em uma igreja e nunca tive o hábito. Para não ser desrespeitosa imitei uma velhinha. Fiz tudo que ela fez, inclusive tomar a hóstia, o grande “pecado”, foi a primeira vez, a primeira vez a gente nunca esquece, pois não tenho comunhão. Um intensivo em Cuzco. Apesar do pecado, foi tudo muito respeitoso.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Internet
Bom, estou em Puno. É uma cidade bonitinha com muita gente (turistas de toda parte do mundo), mas a internet é precária. Bom, é preciso registrar que o Peru é um país atrasado, tudo é um pouco precário e a pobreza é proporcional as belezas, imaginem. Nao consigo atualizar o blog e nem encontrar os acentos e a cedilha. Entao, por ora, nao vou atualizá-lo. Amanha vou para Cuzco. Acredito que será a melhor parte da viagem.
Caso alguem esteja lendo o meu blog, desculpe pela falta de pontuacao.
Outra coisa, as teclas sao apagadas. Eu ñ fiz curso de datilografia, estou toda enrolada. Para quem disse que meu blog é uma m..., sou obrigada a concordar. Vou evitar os palavroes, escritos eles ficam para a história.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
As Italianas
sábado, 15 de janeiro de 2011
Estou em Nazca
Começarei a coisa pelo meio e no caminho volto ao início.
Estou em uma pequena cidade que se chama Nazca. Está localizada ao sul do Peru, deserto. É uma cidade que existe há milhares de anos, pré-inca, imagine. É muito quente e muito seca. Adorei o lugar!
É uma cidade turística, pois há cemitérios pré-incas, ou seja dos Nazcas, mas o mais incrível são as linhas de nazcas. Em torno da cidade, em todo o deserto, os Nazcas fizeram linhas no chao. Linhas que ao que parece são um calendário natural e outras são desenhos de animais. As linhas estão no chão, tem de 2 a 5cm de altura e não apagam, vimos algumas. É uma coisa inexplicável. Parece que alguém fez umas estradinhas, o detalhe é que são gigantes, retas e não apagam com nada, além do que estão no deserto e algumas em montanhas, outro "detalhe" é que tem mais de dois mil anos intactas, ou seja, a estradinha é forte.
Agora tenho um blog!
Estou no Peru faz quase 10 dias, em virtude deste fato o Tiago fez um blog para mim. Tentarei atualizá-lo, mas quem me conhece sabe que não gosto muito da internet, todavia tentarei.