sexta-feira, 31 de maio de 2013

Era cedo, eu andava, ele andava, cruzamos. Cruzar com alguém no início do dia pode parecer um sonho, pois logo que acordamos os sonhos estão mais próximos.  Ali estava ele, alto, alvo, era Fernando. Nunca imaginei que ele cresceria, mas tenho certeza que era ele, seu olhar era o mesmo. No olhar do Fernando sempre houve o sofrimento do mundo, nem todos têm o sofrimento do mundo, mas quem tem não é confundido jamais. O sofrimento do mundo não envelhece,  troca de ano, de cidade, às vezes muda de país, mas não envelhece jamais. O sofrimento do mundo será uma eterna criança, até que construamos outro mundo.

0 comentários:

Postar um comentário