Ainda no leito, ele a olha e diz:
- Nunca pensaste em me deixar depois de fazermos sexo?
Atônita, ela responde:
- Não. Nunca pensei nisso. Você já?
-Sim, já pensei. Aliás, sempre penso.
O choro invadiu o ambiente.
A moça, numa tristeza desmedida, não compreendia o amante. Era como se
tudo tivesse acabado. O céu, o ar, os sonhos.
Apavorado, o amante suplica calma, tenta, em vão, acalmá-la.
Vencido pelo cansaço silencia.
Quando parecia que tudo havia acabado, pronto para
abandoná-la para todo sempre, ele tenta pela última vez, olha-a e diz:
- Você nunca viu isso nos livros de literatura?
A moça, como se fossem cúmplices, entende perfeitamente o
que acontecera. O choro se encerra e, em
um longo beijo, continuam de onde pararam.
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